A lei antipreocupação

Sempre gostei muito de ler, mas, com o avançar dos anos, o hábito foi se tornando mais raro por motivos óbvios. Isso não quer dizer que, nos momentos de lazer e diversão, a leitura não seja uma prioridade. Quando comecei a gravar os programas Jogo de Cintura e Faz Sentido, para a TV Diário (canais 26 e 526 da Claro/Net) e rádio CDN (93.5), os livros voltaram para a minha rotina. O Faz Sentido, programa que trata da saúde mental e vai ao ar aos domingos, 11h, sempre me oportuniza uma leitura edificante, que permite boas reflexões e, mais do que isso, que me convida à prática.

Neste domingo, 23, o livro Como evitar preocupações e começar a viver, de Dale Carnegie, é a inspiração da conversa com a psicóloga Suseli Santos, que é também fã do autor. Foi meu terapeuta que indicou a leitura para me ajudar com a ansiedade. E eu que achava que a preocupação era algo que todo mundo tinha, e não um sintoma da dita cuja. Sim, a preocupação é sintoma da ansiedade, e não causa. 

Pois bem, além de sugerir que você invista na publicação, trago aqui brevemente uma lei que promete acabar com a maioria das preocupações, tema do oitavo capítulo do livro. O autor conta: “com os anos, descobri aos poucos que 99% das coisas com as quais me preocupava jamais aconteceram”. E sugere que nós conseguiremos acabar com nove entre 10 preocupações se colocarmos em ação a “lei das médias”.

Dale conta que já teve medo de ser enterrado vivo. Depois, começou a temer partir desta Terra atingido por um raio. O autor nos convida a analisar a probabilidade de isso ocorrer. “Examine o histórico. Pergunte a si mesmo: qual é a probabilidade, pela lei das médias, de que este evento com o qual estou me preocupando de fato ocorra?”

O livro traz muitas histórias vivenciadas, exemplos práticos de famosos que conseguiram vencer o medo com essa dica simples. É colocar a lei na cabeça e treinar o cérebro. Aliás, a publicação está cheia de sugestões que parecem óbvias, muito simples, mas que são complexas para executar porque demandam disciplina, perseverança e resiliência. Se você treina o corpo para fortalecer um músculo pode treinar o cérebro para deixar sua saúde mental mais robusta, não?

O programa deste domingo traz também dicas de como resolver cada desafio que surge (passo a passo mesmo), como focar mais no único tempo que pode gerir (o presente), como lidar com a ingratidão e como evitar o cansaço causado pelas preocupações. Vale a pena! Agende-se!